Uma boa introdução alimentar é o que o bebê precisa para desenvolver bons hábitos no futuro. Por isso, passados os seis meses de amamentação exclusiva, preconizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), é o momento para introduzir o seu pequeno no mundo dos alimentos.
“Um dos grandes medos das mães é como conciliar a amamentação juntamente com essa nova etapa que irá iniciar e com isso há inúmeras dúvidas de oferecer ou não o peito e continuar a amamentação em livre demanda, ou se muda tudo”, destaca a nutricionista materno infantil Carol Bandeira.
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que o aleitamento seja complemento da alimentação até os dois anos de vida. Enquanto o bebê está reconhecendo os alimentos e entendendo esse novo momento na introdução alimentar, o leite materno ainda é a principal fonte de nutrientes.
Introdução alimentar não significa desmame
“No entanto, isso não significa que o leite será um alimento secundário na nutrição das crianças e sim a alimentação é o complemento do leite materno ou da fórmula até um ano de idade, pois muitos bebês mais mamam do que comem e não há problema nenhum nisso”, esclarece a nutricionista.
Ainda vale lembrar que a introdução alimentar não é um desmame, mas sim uma fase de aprendizado e descobertas. É nesse momento que eles conhecem novas texturas, reconhecem novos aromas, exploram com as mãozinhas. Na introdução alimentar tudo é novidade – para o bebê e para os cuidadores!
“O que é necessário neste momento é calma, pois tudo tem o seu tempo”, aponta Carol Bandeira. Cada bebê tem o seu próprio desenvolvimento, e aos poucos ele irá aprender a interagir com essa nova fase.
Entendendo a transição
Com o passar do tempo, vamos introduzindo os alimentos e, de forma gradativa e natural, as mamadas e as comidinhas vão sendo uma nova rotina, tanto para o bebê quanto para a mãe. “O processo pode demorar um pouco, as dificuldades podem surgir, mas no final sempre dará certo. Basta ter calma e paciência, e entender que aos poucos o bebê irá se acostumar com essa nova rotina”, alerta a especialista.
Ainda vale lembrar que essa é uma fase de transição e que o bebê se habitua com o passar do tempo. Outra dica importante é: esqueça as comparações. Não é porque o filho da sua amiga bate um pratão na introdução alimentar, que o seu também precisa fazer o mesmo.
“É importante lembrar que cada bebê é único. Não o compare com nenhum outro, porque não é saudável nem para você e nem para ele”, finaliza a nutri.
A nutricionista materno-infantil Carol Bandeira é mãe do Caio, da Mayná e do Kael.
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