Bagunça na introdução alimentar é importante

Quem já passou pela introdução alimentar com o seu bebê sabe que a bagunça faz parte do processo. E se está rolando aí na sua casa, não se desespere! Esse é um momento de descoberta que não envolve apenas o paladar, mas todos os sentidos.

Mas, antes de entrar nesse assunto, vale entender como chegamos até ele. A recomendação de amamentação exclusiva até os seis meses, preconizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e todas as sociedades pediátricas pelo mundo, tem uma razão bem simples. Antes disso o bebê não está preparado para comer.

Por esse motivo, antes de começar a introdução alimentar, é importante você se atente aos sinais de prontidão que indicam que é o momento certo de apresentar esse novo universo aos pequenos. E quando finalmente decidimos que é o momento, muitas vezes vem a decepção: mas meu filho só faz bagunça e não quer comer! O que eu faço?

Esse é um bom motivo para comemorar, você sabia? A introdução alimentar é um momento de descoberta para os bebês. Até então eles recebiam o leite materno, em uma temperatura adequada para o seu organismo, que chegava depois de um trabalho corporal, que envolve todos os músculos orais e faciais.

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Um de nossos clientes fazendo uma deliciosa bagunça.
Ele usa o babador manga longa impermeável estampa Fábulas

Introdução alimentar é uma fase de descobertas

Em geral, a expectativa dos pais de primeira viagem é que tão logo o bebê completa seis meses, ele comece a comer tudo como se fosse algo absolutamente natural. “Na maioria das vezes o bebê come por curiosidade. Primeiro coloca a mão no alimento, percebe que a temperatura é suportável, então é sinal de que eu posso colocar na boca”, explica a nutricionista.

Aos seis meses, ainda acontece um movimento natural chamado protusão de língua, que como um reflexo em que o bebê projetará o alimento para fora da boca. Portanto, “é um sinal natural e ele tende a desaparecer por volta dos sete, oito meses”, comenta Fabiola. Então, esse “meu bebê não quer comer”, pode ser apenas um sinal do corpo que faz parte desse momento de descoberta.

Para respeitar esse momento, é importante entender que cada bebê é um ser diferente e que a experiência da introdução alimentar nunca será igual. “É muito comum receber queixas de mães que falam: ah, mas o filho da minha amiga come direitinho… Cada bebê é único e é importante respeitá-los como indivíduo”, complementa.

Bagunça é exploração

Quando esse novo universo é apresentado, é um momento de exploração. Cores, texturas, temperatura, tudo é novidade para o bebê que até então só recebia o leite materno. “O que nós chamamos de bagunça é descoberta. O bebê está descobrindo esse alimento e usa todos os sentidos para isso”, explica a nutricionista Fabiola Frezza Andriola, a @nutrifabiola.

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Logo, se você está começando essa fase por aí, a dica é diminuir a expectativa e acompanhar esse momento com a atenção que ele merece. Esta fase de desenvolvimento importante da criança, portanto, respeite respeitada como tal. “No fim das contas, quem decide qual será a melhor para a introdução alimentar é o bebê. A família pode até escolher entre oferecer pedaços, como no BLW, ou amassar os alimentos, mas é o bebê quem vai decidir qual é a maneira que mais lhe agrada”, aponta a nutricionista.

Assim, uma introdução alimentar respeitosa, o mais importante é deixar a criança à vontade para explorar a comida e deixar o corpo ditar os sinais. “É importante que você veja a introdução alimentar apenas não com o objetivo de engolir. A introdução alimentar é muito mais do que isso”, finaliza a nutricionista.

Quer saber mais sobre esse momento tão importante? Assista a live da Dani Foltran com a nutricionista Fabiola Frezza Andriola.

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Escrito por Daniela Foltran

Sou mãe de 3 meninas e 1 coelho. Cresci no sítio e vim sozinha para a selva de pedra. Defendo a amamentação e o fortalecimento dos vínculos. Acredito no desenvolvimento pleno da criança, no valor das oportunidades de experimentar cores, texturas, aromas e sabores. Luto pelo comer e brincar livremente sem sobrecarregar quem cuida, sem aumentar o trabalho e os cestos de roupas sujas. Minha missão? Espalhar autonomia e ajudar com o trato da a bagunça que todo esse aprendizado causa.
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