Textura da papinha é importante até para a fala

A textura da papinha precisa evoluir!

Você já deve saber que a partir dos seis meses, em tese, o seu bebê está pronto para conhecer outros alimentos além do leite materno. É importante lembrar que alguns sinais de prontidão devem ser observados, mas em geral os primeiros alimentos já podem ser oferecidos assim que a criança completa meio ano de idade.
A indicação da Sociedade Brasileira de Pediatria é que o aleitamento seja complemento da alimentação até os dois anos de vida. Enquanto o bebê está reconhecendo os alimentos e entendendo esse novo momento na introdução alimentar, o leite materno ainda é a principal fonte de nutrientes.

Mas aí vem a dúvida: como oferecer esses alimentos?

A introdução alimentar não é apenas uma forma de nutrição, mas também um momento que o bebê conhecerá um universo de texturas, cores, cheiros e gostos diferentes. Assim, a melhor maneira de aproveitar essa fase é deixando a criança explorar todos os seus sentidos. É por isso que defendemos o lema: bagunça liberada!
O ideal é que, se a família já segue uma alimentação equilibrada e livre de ultraprocessados, o bebê posse comer o que vai no prato do dia a dia com pequenos ajustes. Valecaprichar nos temperos, mas deixar o sal para mais tarde. Existem muitos sabores a serem conhecidos nesse momento.

Textura correta da papinha na introdução alimentar

A primeira regra é: esqueça o liquidificador, mixer e os seus parentes eletrodomésticos. A comida não deve ser liquidificada, já que  ela já está pronta para as novas texturas. Se você não quer optar pela BLW, a criança pode receber a comida amassada com um garfo.
Conforme o bebê se interessar mais pelos alimentos e desenvolver o movimento de pinça, vale começar a apresentar alimentos picados em pedaços pequenos, raspados ou desfiados, para que a criança aprenda a mastigá-los. E não precisa ter os primeiros dentinhos para isso acontecer. Nessa fase a gengiva já trabalha para quebrar as fibras dos alimentos, o que inclusive ajuda no processo de desenvolvimento da arcada dentária.

Fonte: Blog Nutrir com Amor

A consistência dos alimentos oferecidos ao bebê é muito importante para que ele também exercite diversas funções como a sucção, a mastigação, a deglutição (engolir) e a respiração. Pode estar longe dessa fase, mas são esses movimentos que vão ajudar o seu filho a trabalhar a musculatura que será responsável pela fala daqui alguns meses.
Não apresentar texturas diferentes dos alimentos durante a introdução alimentar pode trazer prejuízos importantes para a primeira infância. Problemas como atraso de linguagem, troca de sons na fala e falar com a língua entre os dentes podem ter sido iniciados na apresentação da textura dos alimentos. O acompanhamento terapêutico pode ser realizado para prevenção ou reabilitação de diversos distúrbios da comunicação e, muitas vezes, o acompanhamento nutricional também faz parte desse processo.

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Confira mais dicas para que a introdução alimentar seja um sucesso:

  • Papinhas podem ser preparadas amassando legumes com um garfo. A textura mais parecida com o purê é mais interessante para a criança. Deixe o liquidificador ou mixer de lado e ofereça os alimentos amassados individualmente;
  • Quando aparecerem os primeiros dentinhos, deixe que a criança aproveite os pedacinhos de carne, biscoitos de polvilho e outros alimentos mais sólidos. Vale até roer palitinhos de cenoura cozido;
  • A alimentação do bebê deve acompanhar os hábitos dos adultos. Deixe a criança sentar à mesa e deixe que preste atenção no que está comendo. Melhor deixar de lado os brinquedos, telas e outros estímulos visuais que só vão tirar o foco da comida;
  • Incentive a alimentação do seu pequeno com os seus próprios hábitos. Pais que não comem legumes e verduras não vão convencer filhos a se alimentar com esses alimentos. Dê o exemplo!

Lembre-se: com 1 ano de idade o bebê a textura da papinha deve ter evoluído ao ponto do bebe já estar comendo os alimentos como os adultos comem.

 

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Escrito por Daniela Foltran

Sou mãe de 3 meninas e 1 coelho. Cresci no sítio e vim sozinha para a selva de pedra. Defendo a amamentação e o fortalecimento dos vínculos. Acredito no desenvolvimento pleno da criança, no valor das oportunidades de experimentar cores, texturas, aromas e sabores. Luto pelo comer e brincar livremente sem sobrecarregar quem cuida, sem aumentar o trabalho e os cestos de roupas sujas. Minha missão? Espalhar autonomia e ajudar com o trato da a bagunça que todo esse aprendizado causa.
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